“A ‘terra morta’ do Camaxilo é um destes recantos dos ‘tristes trópicos’ portugueses: a terra pequena, os velhos colonos desiludidos e falhados que vão definhando e morrendo na nostalgia dos áureos tempos da borracha, entre filhos mulatos e mães negras; os administrativos, ‘os brancos do Governo’, partilhando arrogâncias, invejas, sentimentos e ressentimentos, reproduzindo em terra africana as grandezas e misérias da burocracia nacional; os sipaios, os locais que servem a ordem e a lei dos ‘brancos do Governo’, impondo essa lei e essa ordem aos seus irmãos de pele com berros e palmatoadas […]”
O artigo foi publicado no Jornal Sol.
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